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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sem título.

Ontem antes de dormir,estava revendo as fórmulas de Matemática que usarei na  prova de segunda feira. Então decidi parar de tentar fazê-lo,já que estava ficando ansiosa. Quando coloquei a cabeça no travesseiro, deixei o peso sobre minhas pálpebras as fecharem.Então, esperei que a escuridão se transformasse em sono. Mas não aconteceu. Quando fechei os olhos,simplesmente me veio toda essa história na cabeça. Resultado : Fui dormir as 2h da manhã,pensando numa história desconexa,e estranha. Então,decidi postá-la aqui.
O que vou escrever não tem nenhum fato verídico. São histórias,personagens,e acontecimentos criados pela possível insônia que tive na noite passada.
Deixando claro que : ISSO NÃO TEM NADA A VER COM A MINHA VIDA.  Vamos lá então.
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Bip.Bip.Bip..
- Não. Não pode ser. Eu ainda estava aqui. O som do alarme me soava tão familiar. Era eu,na mesma vida,na mesma casa,no mesmo quarto,na mesma cama. Não podia ser. - Fechei meus olhos e esperei pelo sono eterno que busquei no último momento que eu me lembrava,o último momento em que eu estava lúcida.
Bip.Bip.Bip..
- NÃO! - Exclamei e sentei na minha cama. - a cama na qual me deitei e derramei minhas lágrimas inúmeras vezes. - Olhei pro teto,ele parecia rodar. O branco que meu pai escolheu para pintá-lo realmente não me agradava. Olhei pra frente. Vi a Tv desligada. Ao ampliar meu campo de visão,vi aquele porta retrato. Olhar aquela foto fez meu estômago embrulhar. Como um trailer,passou tudo na minha mente. Parece um clichê,mas eu realmente vi a minha vida passar pelos meus olhos. Quando isso aconteceu,ao lembrar dele,não via seu rosto. Era apenas um esboço. Só ouvia sua voz. Dizendo o que eu mais temia.- Chacoalhei a cabeça,na tentativa de tirar a voz de minha cabeça. Pareceu funcionar. Por enquanto. Levantei. Olhei pro chão,e vi aquela garrafa. Uma das muitas que eu consumi nesse tão curto tempo. Que pareciam durar anos para mim. Abri a porta temerosa do que eu poderia encontrar.
- Mãe? - Minha voz soou mais carinhosa do que eu pretendia. Afinal,esse termo nem deveria ser empregado a uma mulher que fez o que fez comigo.
- Jane? Minha filha? - Ouvi os passos apressados que eu tanto conhecia vindo pelo corredor. Fui surpreendida por um abraço. Mas uma vez me senti viva. E eu não gostava disso.
- Você acordou,graças a Deus! Você quer matar sua mãe do coração?
- É mãe - Quanta hipocrisia de minha parte a chamar de mãe. Mas não era maior que a dela. Ela realmente fingia se importar comigo. - Cadê o papai?
- Seu pai..é..
- Diz logo. Você sabe que eu não tenho paciência pra enrolação.
- Desde que vem acontecendo o que acontece com você,ele voltou a beber.
- O que? - Não,meu pai não. Meu pai era a única coisa que eu me importava. E ele..o cara do porta-retrato. - Eu sou a alcoólatra aqui. Meu pai não podia ter feito isso! Ele tá aonde? No bar?
- Você ainda sente orgulho de dizer isso,garota? É,está. - Haha. Sabia que uma hora o lado desprezível e debochado da minha ''mamãe'' iria aparecer.
Fui caminhando pela porta da cozinha e saí. Nem me importei com as roupas que eu vestia.Ainda estava com o mesmo jeans e camiseta que estava quando tudo aconteceu. Como disse,nem me importava. Eu só queria sair dali e escapar do sarcasmo e hipocrisia da minha mãe.
Virei o quarteirão. Olhei pro lado e vi a casa da minha melhor amiga, Jullie. E vi também um carro parado na porta. Não. Não era o carro dele. Pode ser coincidência. Existem vários Hyundais i30s pretos aqui. Mas não existem várias Hyundais i30s pretos com o adesivo do Clube de Hipismo. Era ele. O que ele estava fazendo ali?


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Então dormi. Já era 2 horas da manhã. Eu ia acordar pra ir a escola 5h30. Quem sabe o desfecho da história não precede meu sono hoje a noite..Se acontecer,continuo a história aqui. Muito obrigada a quem lê meu blog!   M.

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