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segunda-feira, 13 de junho de 2011

D de drama.

Volto de mais um dia cansativo. Abro a maçaneta da porta de entrada,e entro com o pé direito, na esperança que talvez um pouco de sorte melhorasse alguma coisa.
Fecho a porta com pesar,ouço o ruído da chave no trinco,e continuo andando. Me deparo com a sala vazia, e iluminada apenas por um sol murcho,quase suplicante..que deixava tudo ainda mais propício a um belo dia de drama.
Largo minha bolsa em cima da poltrona,e chuto os sapatos pra um canto qualquer. De que me adiantavam sapatos? De que me adiantava a minha bolsa? Larguei os dois e sentei-me na beirada da cama.
Que dia. Que dia..morno. O morno me enojava. Sempre enojou. Aquela sensaçãozinha café com leite. Que me embrulhava o estômago desde que eu me lembre ter alguma consciência do que se passava ao meu redor.
Liguei a Tv para tentar me distrair. Falhei. Os canais passavam e se embolavam um no outro..como se todos formassem uma grande massa colorida,confusa,e extremamente desinteressante.
O que me restava então? Um bom livro,conclui. E lá fui eu,revirando meus livros quando peguei o meu preferido,e fui relê-lo pela nona vez,talvez. O primeiro trecho tão bem conhecido por mim, assim como a Tv acabou se misturando  em uma zona de palavras misturadas.
Desisti. Dormir. Dormir era o melhor que eu tinha a fazer. Deitei e recostei minha cabeça sobre a almofada. Fechei os olhos. Tentei esquecer.
E tentei de novo.
E abri os olhos.
E os fechei.
Por fim,levantei da cama. Me dei por vencida. O meu querido amigo sono,assim como todos naquele dia,não queria compartilhar um grande drama comigo.
Ao quase perder as esperanças,fui ao banheiro deparar como estava a situação da minha cara, que já não é das melhores..
BU! Haha. Ri sozinha da minha própria idiotice. Resolvi tomar um banho. Liguei a ducha e deixei cair. A água estava quente..mas não um quente incômodo. Um quente..morno. E o morno,me parecia extremamente agradável agora.

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