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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Andar de bicicleta.

Dia 19 - Segunda feira - 18:39 : Me esqueça. Não me mande notícias,não me telefone. Não pense em mim. Não pergunte aos meus amigos como eu estou,e nem tente mudar o que me irritava em você. Simplesmente não vai adiantar. Eu e você não funcionamos juntos.
Dia 19 - Segunda feira - 22:48 : Me ame. Me mande uma mensagem de tirar o folêgo. Ligue pra mim no meio da madrugada. Me dê um beijo interminável. Bata na minha porta se quiser ter notícias sobre mim. Não precisa mudar,eu amo o seu jeito.Eu e você somos perfeitos juntos.

O que será que aconteceu nesse intervalo de tempo? Algo tão inacreditável e arrebatador a ponto de mudar tão drasticamente a opinião sobre os sentimentos de uma pessoa.
Sinceramente,não acontece nada demais. No primeiro momento,você simplesmente só vê o que não agrada. Os defeitos. As manias que te irritam,as brigas,os ciúmes desnecessários da parte dos dois,ou de apenas um.
E ao ficar refletindo sobre isso,você lembra da parte boa. Porque todo relacionamento por mais ruim que seja,possui seu lado bom. Se não,pra que continuar em algo que só te faz mal? Aliás,é por isso que os relacionamentos terminam,quando a parte ruim supera a boa. E a parte boa do relacionamento,geralmente é muito boa. Você lembra do pedido de namoro perfeito que ele fez,das boas risadas que você deu ao ouvir a mesma piada idiota que ele te contou,dos presentes,dos beijos, do dia tal no lugar tal..e aí,você quer voltar.
E como você fica? Com o coração na mão. Pois metade de você quer que ele suma no primeiro buraco negro que aparecer,e outra deseja ele mais que tudo. No meu caso,a melhor solução foi :
Andar de bicicleta. É. Sério. Fez toda a diferença do mundo.Eu realmente pude perceber o que eu queria em relação a isso.
Queria que ao lembrar dele,eu lembrasse de andar de bicicleta. E queria que ele tivesse a mesma sensação sobre mim. Me explico.
Quem já andou de bicicleta,sabe a sensação que é. Descer uma ladeira sem as mãos,com o vento batendo na cara,se desligar do mundo. Aquela sensação gostosa.
E por mais que você fique anos,milênios sem andar,quando você senta no banquinho,e poem os pés nos pedais,você lembra. Você sente aquele ventinho no rosto de novo. Tão bom. Você se lembra da última,ou da primeira vez que andou.
E é assim que eu queria - e consegui - me sentir em relação a ele. Algo bom,algo que eu nunca vou esquecer de como foi. E foi muito bom. Me deu felicidade,mesmo que por pouco tempo. Mas agora,eu não vejo necessidade de andar de bicicleta todos os dias. Foi bom por um tempo. Agora se tornou exaustivo.
Mas mesmo assim,inesquecível.
E é isso que ele se tornou. Uma memória. Uma recordação. E lugar de recordação,você e eu sabemos muito bem aonde é.

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