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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Conjugando verbos.

Eu esqueço, tu esqueces, ele esquece,  nós esquecemos , vós esqueceis, eles esquecem. - Repetiria essa conjugação milhões de vezes no meu caderno se de fato ela adiantasse de algo. Mesmo sabendo de quão falha essa técnica de repetição é, eu insisto em fazê-la pelo menos mentalmente.
Acontece que quando deparamos com a realidade, vemos as marcas das nossas ações,reações, conclusões..estas, estão marcadas com tinta preta naquele livro velho que adoro abrir chamado "Passado".
Tinta que não é lavável e a prova de qualquer corretivo inovador do mercado. Agora, aqueles outros fatores como, os erros, as decepções, as mágoas, os sentimentos.. estão escritos com tinta vermelho-sangue. Tornando impossível a tarefa de passar despercebido por eles.
Eu lembro. E não interessa se tu ou ele esqueceram. Eu tenho gravado em mim cada palavra que me magoou, cada erro que eu cometi, cada bom momento que eu vivi..e essas lembranças corroem.
Porque se formos parar pra pensar, lembrança não é lá algo muito bom.. porque te faz ter saudade. E saudade só é gostoso, quando você sabe que em breve - ou não tão breve assim - vai reviver o momento ou a pessoa que te faz sentir isso. Agora quando se tem lembranças, de algo que não dá pra voltar atrás, nem refazer, nem mudar, nem esquecer...é sufocante.
Neste Natal, já sei o que pedirei. Uma boa dose de esquecimento..mas que seja uma dose duradoura, se possível, de efeito prolongado.

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