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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

1,2, 3 e vai.

Se joga. Pula. Começa. Corre. A-c-r-e-d-i-t-a. Parece bobeira, mas nós aprendemos a confiar em nós mesmos,  desde bem pequenininhos. Lembro-me de ter uns 5 anos e dar meu primeiro pulo na piscina sozinha. Eu já havia aprendido a nadar, mas pular sozinha, eu nunca tinha feito. Mas pulei. Acreditei que ia dar certo, que eu ia conseguir voltar a superfície e voltar a nadar. Acreditei em mim, no meu potencial.
Lembro também da clássica tirada das rodinhas sobressalentes da bicicleta, que serviam para o meu apoio. Eu disse pro meu pai que queria tirar as rodinhas, porque eu conseguia andar sem elas. Acreditei em mim, no meu potencial.
Conforme minha idade foi avançando, eu não consigo mais me lembrar com facilidade de momentos de plena auto-confiança como estes. Simplesmente começam a aparecer aquelas memórias da indecisão da escolha de uma roupa...ou de uma atitude. Porque isso acontecia? Porque a minha auto-confiança foi se degradando conforme minha idade avançava? Será que é porque eu simplesmente passei a me importar com as condições? Parei de olhar para o meu potencial e passei a ver quanto era o meu potencial pela visão dos outros? Provavelmente.
Ou talvez seja apenas uma coincidência. Mas cada dia mais que vivo, percebo que as coincidências na verdade não existem. De fato, a perca da confiança foi algo que acabou mudando as minhas perspectivas, até mesmo os meus sonhos. Aos 10 eu sonhava ser médica, acreditava que poderia mudar o mundo curando as pessoas. E hoje..até mesmo pensar em me tornar uma jornalista me causa uma pontinha dolorida na boca do estômago, com medo de que essa não seja a escolha certa.
Indecisão. A melhor amiga da falta de confiança. Caminhando lado a lado, estreitando suas oportunidades, e abafando tudo que sai da zona de conforto, de possível.
Sem querer ter um sintoma da crise de Peter Pan, eu estou com medo de crescer. Porque a tendência é que essa auto confiança se esvaia cada vez mais, e eu acabe com essa vidinha monótona, comum, possível.
Eu gosto do impossível. Sempre gostei. Gosto de desafios, de arriscar, de perder o fôlego e depois respirar fundo..talvez, em momentos breves, a confiança daquela menina de 5 anos me domina. E manter essa confiança, é o segredo do meu futuro sucesso.

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